Por outro lado, segundo Marilena Chauí (2006) [1], o caráter socialista de nosso partido sempre vai incomodar as elites brasileiras.
Por não ser um partido da ordem qualquer posição tomada pelo PT vai ser sempre criticada. Ora é um partido totalitário, centralizador, ora um partido sempre em crise por causa da multiplicidade de tendências internas.
Como um partido totalitário pode ter várias tendências internas? Outras vezes é um partido arcaico, porque não faz alianças, outras vezes é um partido oportunista, porque faz alianças.
Se afirma sua relação com o movimento sindical, é corporativo, se se distancia, está traindo suas origens. Se afirma sua relação com os movimentos populares, é basista; se toma distância e se dirige à população desorganizada, é populista.
Se exige mudança nos hábitos políticos, em nome da moralidade pública, é principista, moralista, ingênuo, não entende que há “zonas cinzentas” na política; se adota os hábitos políticos vigentes, é o mais corrupto de todos os partidos.
Portanto, adotar uma política de equilíbrio é sempre difícil, e ela só será bem sucedida se cada vez mais avançarmos na consolidação da democracia interna do nosso partido, modernizando a estrutura partidária, tornando o PT transparente, democrático e de massas.
Zé,
ResponderExcluirParabéns pelo seu blog e principalmente, pela provocação e forma franca como expõe seus posicionamentos. Ao colocar os desafios para o PT, têm proporcionado verdadeiras aulas de política para nós, seus seguidores. Obrigada e que em 2011 seu blog tenha muito mais seguidores.