A agricultura familiar[1], por sua vez, responsável por 70% da produção dos nossos alimentos, e ocupando 10 milhões de pessoas, necessita de um sistema integrado de serviços de apoio, como existe em países desenvolvidos.
A policultura de pequena escala é extremamente produtiva, mas precisa de assitência técnica, de apoio de comercialização, de acesso a informações de mercado, de possibilidade de aluguel de máquinas que sua escala não permite nem exige adquirir, de sistemas de crédito e semelhantes às chamadas redes de serviços de suporte.
A dinamização pode se dar por núcleos de fomento e apoio integrado em cada município, envolve também as experiências de compra local de produtos para a merenda escolar, a formação de cinturões verdes de horti-fruti-granjeiros em torno das cidades, a própria agricultura urbana que está saindo da zona folclórica para se tornar fonte importante de trabalho e de produtos de alta qualidade.
Enquanto o agronegócio trabalha com as suas próprias máquinas e oficinas de manutenação, redes de comercialização, de consultoria técnica, de financiamento, o pequeno agricultor precisa dos mesmos aportes mas utilizados de forma coletiva, sob forma de cooperativos de serviços ou semelhantes.
Os avanços aqui têm sido muito significativos, em particulara com o Pronaf que passou de cerca de 2 para 13 bilhões de reais. No entanto, o financiamento representa uma parte do ciclo, como o demonstram as experiências do Banco do Nordeste no seu financiamento rural acoplado a outras atividades de fomento, em particular aproveitando a rede do banco para informações comerciais que liberam o produtor dos atravessadores.
[1] Ladislau Dowbor – Brasil: um outro patamar de desenvolvimento - Visualizado no dia 15/01/2011 na seguinte URL: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16826
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