A comunicação está passando[1] a desempenhar um papel central na racionalidade da organização do território em geral. Pequenos municípios ou pequenas empresas, ainda ontem isoladas, hoje resgatam a sua viabilidade ao se conectarem com redes mais amplas, ao romperem o isolamento.
As mudanças envolvem desde a facilidade de gestão de estoques até a redução de custos de transportes: são os bits que viajam, e não as pessoas. A universalização do acesso às comunicações tornou-se hoje vital, e a preços condizentes com os custos reais dos processos, evitando-se a tendência de estabelecimento de autênticos pedágios sobre a circulação da informação e do conhecimento.
É uma área em plena revolução tecnológica, e constitui um dos principais eixos de democratização da sociedade. A regulação do setor, em consequência, precisa ser democratizada, e a transparência nos processos é vital.
Em termos de custo-benefício, conforme vimos, é uma das atividades que mais permite gerar economias externas tanto para as empresas produtoras como para as famílias. Os preços hoje cobrados não são admissíveis.
A estratégia que emerge em numerosos países, é de assegurar o livre trânsito nas infovias da internet (inclusive nos celulares), da mesma forma como é livre o trânsito nas ruas, o que não impede que sejam criados negócios a partir do potencial de comunicação.
Mas a própria comunicação, na medida em que gera capacidade criativa de todos os atores sociais, deve ser aberta. O Plano Nacional de Banda Larga deve assegurar um marco regulador para o conjunto das atividades do setor.
[1] Ladislau Dowbor – Brasil: um outro patamar de desenvolvimento - Visualizado no dia 15/01/2011 na seguinte URL: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16826
Zé Maria. Como sempre vivaz e antenado. O papel das comunicações no mundo atual extrapola a função da simples informação e constitui-se em instrumento da democracia e das liberdades. O preocupante, no entanto, é a densa quantidade de informações. Isto posto, pela precariedade das fontes e pela exposição de argumentos fragmentados, incentivam a miopia e a superficialidade. Temo uma sociedade desinteressada pelo descobrir e com sindrome de papagaio.
ResponderExcluirVerdade, cada vez mais a necessidade de desenvolver nas pessoas o senso crítico. Como diazia Paulo Freire: Antes de ler a palavra as pessoas precisam aprender a ler o mundo.
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