quinta-feira, 7 de abril de 2011

O transporte de passageiros

         A readequação da matriz de transporte[1] de passageiros exige reformulação semelhante, particularmente nas grandes cidades.
         Ditadas mais por interesses comerciais do que pelo interesse da população, as opções levaram a um sobre dimensionamento do transporte individual. São Paulo anda em média 14 quilômetros por hora, os veículos se deslocam em primeira e segunda.
         Se estimarmos em 15 mil reais o valor médio do veículo, e 6 milhões de veículos, são 90 bilhões de reais em meios de transporte praticamente imobilizados, gerando grandes custos em combustível, doenças respiratórias, e uma média de 2:40 horas perdidas por dia, em que o paulistano nem trabalha nem descansa.
         Os motoqueiros morrem numa média de 1,5 por dia. E o metrô ostenta os seus poucos 60 quilômetros. Transporte exige forte presença de planejamento, e organização da matriz em função da qualidade de vida da população.
         As soluções são conhecidas, e torna-se essencial voltar ao tema do financiamento público das campanhas, para que as autoridades públicas representem os interesses do cidadão.
         A matriz de transporte de média ou longa distância deve também ser repensada, pois o transporte aéreo representa custos imensos e pouca racionalidade para trajetos curtos ou médios: trens de grande velocidade, movidos a energia hidroelétrica, melhoram a mobilidade, o conforto das pessoas, e o clima.


[1] Ladislau Dowbor – Brasil: um outro patamar de desenvolvimento - Visualizado no dia 15/01/2011 na seguinte URL: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16826

Nenhum comentário:

Postar um comentário