A iniciativa de organizar um partido político para participar das disputas pelo poder dentro das regras estabelecidas pelas classes dominantes mostrou-se correta, pois a partir das conquistas paulatinas fomos também alargando os espaços de participação democrática.
O que também possibilitou este avanço extraordinário no campo institucional brasileiro foi a combinação da luta eleitoral com a luta popular, promovida pela imensa rede de organizações sindicais e populares que emergiram no fim da ditadura militar no Brasil.
Mas o modelo de disputa pelo poder produzido pela cultura política capitalista é essencialmente individualista. Cada pessoa que queira disputar um cargo eletivo, proporcional ou majoritário, necessita de disposição para competir inicialmente com os companheiros de partido e em seguida participar de uma competição ainda maior no âmbito da sociedade.
O que predomina é a ideologia liberal, onde considera que cada ser humano está pronto, em condições iguais de competição e, dessa forma, basta ter regras para a disputa que o “mercado eleitoral” se encarrega de regular.
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